domingo, 5 de dezembro de 2010

DUAS LOUCAS E UM CARRO SEM GASOLINA

Este fim de semana foi de grandes aventuras, mas sem duvidas, a melhor delas foi a de sexta-feira. Eu e a Sheilinha causando pelas ruas da capital paulista. Segue abaixo o relato escrito pela amiga e companheira....

O que você faria?

Ontem, depois de sair do trabalho com a amiga Makarian e enfrentar o aquele trânsito típico de uma sexta-feira, o carro parou. Fomos surpreendidas pela falta de combustível - ok, pode xingar!

Sabia que tinha um posto próximo e fui até lá para comprar gasolina. Posto cheio e dois frentistas apenas me fizeram esperar alguns minutos, logo depois um dos funcionários me perguntou: "você tem garrafa pet?" Claro que não! Com cara feia ele arranjou uma e completou os dois litros que custaram 5 reais. Voltei calmamente até o carro e minha amiga já tinha arranjado uma boa alma para tirar o carro do meio da Avenida Santo Amaro.

Aliviada, ela pegou a chave para abrir o tanque. Roda, roda, roda e nada. Foi a minha vez de tentar. Nada do tanque abrir. A chave gira em falso. Tentamos pedir ajuda mas ninguém por perto. Avistei um comércio e fui até lá - o local era uma pizzaria somente de entregas. Chamei um moço de camisa verde. De longe ele me olhava assustado. Parecia que estava vendo um fantasma ou prestes a ser assaltado. Pô, fala sério, era sexta à noite eu estava arrumada, pretinho básico e tudo mais. Não foi suficiente. Com muito custo ele chegou até a porta de vidro com uma proteção de ferro. Pedi que ele abrisse, quase implorei. Expliquei o que havia acontecido e perguntei se ele poderia ir até o carro para tentar abrir o tanque: "Ah, moça, eu não sei não. Não sei abrir." Como assim???

Quando olho para atrás vejo que um motoqueiro tinha parado. Agradeci ao cidadão e voltei para o carro.

Para o meu espanto, o motoqueiro estava bêbado, ele não tinha parado pra ajuda, mas sim para pedir uma informação: onde ficava a zona leste. "hello, estamos no Brooklin". O cheiro de álcool exala de uma maneira a dar ânsia. Se não bastasse isso, ele emperrou a chave no tanque e dizia frases de auto-ajuda: "deixa comigo, eu quero ajudar, eu consigo". De nada adiantou, o medo só aumentou. E quando ele resolveu pegar no nosso braço? Bom, daí eu voltei até a pizzaria e pedi por ajuda novamente, contei que na verdade o motoqueiro havia nos arranjado outro problema. O mocinho da camiseta verde me olhou assustado: "Ah, eu não vou sair daqui não moça!" E simplesmente foi andando de costas.

O motoqueiro se foi, outro bêbado se aproximou entrou num carro e foi embora. Táxis e motoboys de entrega passavam sem parar pela rua do bairro, ninguém a ajudar. Carros com jovens, com família. Passou uma, passaram duas, três viaturas da Polícia Militar e nenhuma parou pra perguntar se precisávamos de algo. O medo de assalto predomina. Nem mesmo ser loira e arrumada ajudou, ainda mais depois daquela loira assaltante que a tv brasileira explorou recentemente.

Claro que nesse meio tempo ligamos 333 porto. Nós duas na esquina com fome, com vontade de fazer xixi, com vontade de mandar qualquer um a merda (uh-oh!), até que outros dois motoqueiros ofereceram ajuda. Agora já não precisava mais, pois em instantes a Porto Seguro chegaria.

Bom, não preciso nem dizer que o cara do seguro abriu o tanque em menos de 30 segundo, né?!

E agora, eu te pergunto: você pararia pra ajudar???

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